Diana Palmer - Wyoming True

Título Traduzido: A Verdade de Wyoming
Protagonistas: Jake McGuire e Ida Merridan

Série Homens de Wyoming 10

Um amor entre opostos-que-se-atraem pode estar reservado para um rancheiro rude e a bela da cidade pequena em um romance inédito dos Homens de Wyoming

Jake McGuire trabalhou duro para conquistar seu sucesso, com bens que incluem ranchos e um jato particular. A única ameaça à sua existência confortável é a última mulher que deveria sequer desejar. Ele conhece Ida Merridan apenas pela reputação, mas as histórias que ouviu são o suficiente para mantê-la à distância, até o dia em que o destino a coloca em seu caminho em circunstâncias que apenas o cowboy mais desalmado conseguiria ignorar. Agora, percebendo a verdade que Ida esteve escondendo, ele não tem forças para desistir dela.

Casada duas vezes e independentemente rica, Ida não fez nada para merecer sua má reputação — exceto escolher os maridos errados. Vivendo e aprendendo numa cidade pequena, mas depois de tudo o que a vida lhe causou, ela não tem pressa em cometer mais erros ou ser o objeto de pena de ninguém. Ser resgatada por Jake joga um balde de água fria em seus planos de uma existência solitária quando um beijo ardente leva a outro, mas seu passado a está alcançando, e não há muito o que ela possa fazer quando Jake fica determinado a provar que ainda restam alguns heróis no Oeste.

Outros personagens de Diana Palmer que aparecem ou são citados aqui:

Ren Colter e esposa (Meredith Grayling): Wyoming Brave (Série Homens de Wyoming 06);

J.C. Calhoun: Wyoming Winter (Série Homens de Wyoming 07);

Mina Michaels Grier e Cort Grier: Wyoming Heart (Série Homens de Wyoming 09);

Cody Banks: De Volta Ao Wyoming (Série Homens de Wyoming 11);

Garon Grier e esposa (Grace Carver): Homem da Lei (Série Homens do Texas 35);

Emma e Connor Sinclair: Inabalável (Série Homens do Texas 53).

AVISO: Resenha com spoiler!

Ida Merridan era conhecida em toda a cidade como uma mulher vulgar, que se envolvia com homens casados e trocava de amantes como quem trocava de roupa. Mas talvez a verdadeira história não fosse bem assim...
Jake McGuire estava se recuperando de um coração partido e a última coisa que precisava era se envolver com a periguete da cidade, uma mulher que representava tudo o que ele odiava. Mas ao precisar socorrê-la num momento de dificuldade, começou a perceber que por trás daquela fachada se escondia uma mulher assustada e traumatizada. Será que todos estavam errados a respeito dela?
Por mais que tentassem manter distância, o destino sempre dava um jeito de reuni-los. E quanto mais se conheciam, mais difícil era se afastar. Quando o passado de Ida volta a assombrá-la, trazendo consigo uma nuvem de perigo e pavor, Jake fará de tudo para proteger a mulher que não conseguia tirar da cabeça — e do coração. Mas eles ainda tinham um longo caminho de confiança para percorrer e isso poderia colocar tudo a perder. Seria tarde demais para perceberem que o recomeço que tanto buscavam estava nos braços um do outro?

Confesso a vocês que comecei essa leitura sem muita empolgação e a maior responsável por isso foi a mocinha. Ida Merridan havia aparecido no livro anterior (Wyoming Heart) e era uma personagem bem desprezível. Uma das primeiras cenas que ela teve destaque foi numa festa onde dava em cima de um homem casado e na sequência começava a se esfregar nele, enquanto a esposa do homem — que também estava na festa — corria chorando para o banheiro depois de presenciar tudo. Não vou entrar na questão do maior sem vergonha nisso aí ser o marido (afinal, ele era o casado da história e a responsabilidade de zelar pelo casamento era dele). Meu ponto aqui é que Ida causou uma péssima impressão como a periguete da cidade e não conquistou a minha simpatia, mesmo que no final do livro insinuasse que nem tudo era como parecia. Quando ela foi anunciada como a próxima mocinha da série, torci o nariz e levei um pouco mais de um ano para criar coragem e finalmente ler o livro. Eis aqui o que achei sobre ele.

Ida está no mesmo grupo que a Tippy Moore (Renegado - HT 29) e Clarisse Carrington (Indomado - HT 51): apareceram antes como a sem-vergonha que fez a mocinha sofrer e depois acabaram ganhando o seu próprio livro, com um passado trágico em sua vida para conquistar a simpatia e tentar justificar suas detestáveis ações prévias. Eu não vou entrar em detalhes para não dar muitos spoilers, mas as razões de Ida para fazer o que fez e se comportar como se comportava não fazem nenhum sentido. Segundo a própria, Ida criou propositalmente para si uma fama de mulher safada porque tinha trauma de homens e não queria nada com eles. Daí a tal fama era para manter os homens longe. Mas alguém me diz em que mundo uma mulher "fácil", que dá em cima de todo mundo e com fama de que troca de homem como quem troca de roupa afasta um homem que só quer justamente pegar alguém sem compromisso? Na minha humilde opinião, esse tipo de fama atrai justamente o tipo de homem que ela queria evitar (os sem-vergonhas) e afastava qualquer homem decente que realmente quisesse algo sério e construir uma família. Na lógica dela, ao bancar a que "dorme e fala mal do desempenho do cara depois" faria com que homem nenhum tivesse ego suficiente para se aproximar dela (coisa que, claro, não dá certo, por mais que ela insistisse que dava).

Outra coisa que não faz sentido: praticamente ninguém sabia do passado sofrido de Ida, nem que seu comportamento fútil era só uma fachada porque ela, aparentemente, sempre foi reservada em relação a isso. Mas aqui, ela não pode falar 5 minutos com alguém (mesmo quem ela acabou de conhecer) que já sai falando sobre o que sofreu. Não mantinha segredo sobre isso. Então, numa cidade tão pequena quanto Catelow onde os boatos não correm, voam, não era para todo mundo já saber disso? Afinal, ela parecia ser reservada, mas na verdade falava com todo mundo que tivesse a oportunidade de conversar sobre o que lhe acontecera. E mais uma coisa: em diversos momentos ela diz que não suporta contato físico de qualquer tipo com nenhum homem. Nem chega perto deles. Mas como é que, então, estava lá se esfregando no homem casado na tal festa do livro anterior? Ela até fala sobre isso com o Jake aqui, mas joga toda a culpa no homem casado. Disse que deu em cima dele justamente por ele ser casado e pensou que o cidadão não iria cair na lábia dela (aliás, outra coisa sem sentido: ela mal falava com homens por causa do trauma, então com é que conseguia ir lá dar em cima deles?). Quando o cara (obviamente) caiu no papo dela, Ida falou que ficou com raiva dele (mas não muda o fato de que ficou lá se esfregando no marido de outra) e disse que sentiu pena da esposa, que queria ter ido atrás dela, mas não sabia como fazer isso. Gente, me poupa, não dá pra engolir isso, não. Assim como a Tippy Moore, Ida parece outra pessoa de um livro para o outro. Mudou de personalidade do nada, e eu particularmente não gosto dessas mudanças vindo do nada. Descaracterizam o personagem como o conhecemos da primeira vez. Acharia muito mais válido Ida ser como era e, ao longo da história, ir mudando, crescendo, amadurecendo. Ficaria mais crível do que ela ser horrível num livro, e depois a pintarem como se nunca tivesse sido daquele jeito. Entre a Tippy, a Clarisse e a Ida, essa última foi a que menos me convenceu em sua "transformação".

Preciso deixar claro que a Ida não é uma personagem ruim se levarmos em conta somente esse livro. Ela é uma mulher sofrida (aliás, quanto sofrimento em cima de uma personagem, titia Palmeirão. Senhor!), que merecia encontrar o amor e ser feliz. Juro que torci por isso e fiquei feliz quando aconteceu. Se eu a tivesse conhecido apenas aqui, talvez a tivesse curtido mais. O problema foi a versão diferente dela nos dois livros. Ficou muito difícil ser totalmente conquistada por ela depois do livro anterior, sem uma justificativa mais plausível. Outra coisa que não me convenceu muito foi o amor de Jake por Ida. Durante todo o livro ele fica sofrendo de amor pela Mina (mocinha do livro anterior) e a impressão é de que ele sempre a amará (mais alguém aí sentiu uma vibe Cash e Christabel?). Tanto é que Ida está sendo ameaçada, teve vários atentados aos animais dela, Jake precisa deixá-la sozinha para viajar a negócios (mesmo dizendo não querer deixá-la sozinha, ainda mais naquele momento), mas assim que os negócios dele se resolvem, em vez dele voltar imediatamente para casa e ficar com a mulher que ele jurou que ia proteger, o que ele faz? Vai passar uns dias justamente na casa da antiga paixão, Mina (aquela velha desculpa de que está confuso com seus sentimentos). Socorro! Daí no final, de uma hora para a outra ele diz que ama Ida, que sempre a amou, só não se dera conta. Eu realmente não me convenci de que ele a amava, não. Suas atitudes não refletiam isso. Quase não teve romance, porque ele fazia questão de manter distância de Ida, nem tanto pelo trauma dela (embora ele fosse bastante cauteloso para não assustá-la), mas mais por não confiar cem por cento de que ela falava a verdade e uma parte dele ainda achar que era tudo fingimento (mesmo sendo claras as marcas físicas e emocionais deixadas pela violência do passado dela). Sem falar que Jake não queria mesmo se envolver emocionalmente com outra mulher depois de Mina. Difícil ter clima para romance em meio a tudo isso, né?!

Bem, eu não estava muito empolgada mesmo, então o livro não foi exatamente uma decepção. Achei bem abaixo dos que a autora já lançou, mas até que não foi dos piores, não. Eu ainda espero um livro da Diana Palmer que volte a me empolgar e me arrebatar. Desde Protetor (HT 48) isso não me acontece. E não foi dessa vez que voltei a me apaixonar por um livro dessa que é uma das minhas autoras favoritas. Mas ainda assim é um livro da Diana Palmer e sempre vale a pena ler um livro dela. Então, sim, apesar de minhas ressalvas, eu recomendo.

CURIOSIDADES

1) Jake McGuire apareceu pela primeira vez em Diamante Bruto (Irmãos Callister 02 / Homens de Medicine Ridge 03) e depois em Wyoming Heart (Homens de Wyoming 09). Em Diamante Bruto, Jake McGuire aparece rapidamente no começo. Ele é o dono da loja de ferramentas em Hollister, Montana onde Sassy, a mocinha, trabalha. No livro é dito que a loja está no vermelho, dando a entender que Jake está em dificuldades financeiras. Já em Wyoming Heart essa mesma loja é referida como loja de ração (e não de ferramentas) e fica em Catelow, Wyoming (não em Hollister). Deixa eu destacar novamente que Diamante Bruto se passa em Hollister, Montana, e a trama de Wyoming Heart e Wyoming True se passa em Catelow, Wyoming. Acontece que a Diana Palmer transferiu todo o enredo de Hollister para Catelow de um livro para o outro (incluindo a localização da loja de Jake e tudo o que rolou em Diamante Bruto) e ficou por isso mesmo, como se não fosse nada demais. Além disso, em Wyoming Heart (e aqui também) Jake é retratado como um homem pooodre de rico, e não alguém em dificuldades financeiras como foi em Diamante Bruto. Ele parece outra pessoa de um livro para o outro. A única coisa que permaneceu foi o nome, porque o resto (desde o endereço até o background) foi tudo alterado. Em Wyoming True a autora manteve tudo em Catelow mesmo e seguiu a nova linha que ela criou em Wyoming Heart. Ou seja, Diamante Bruto ficou totalmente descaracterizado.

2) Os dois irmãos de Cort Grier que ele e Mina foram visitar em Jacobsville, citados no capítulo 11, são Cash Grier (Renegado - HT 29) e Garon Grier (Homem da Lei - HT 35).

3) Alguns personagens interessantes voltaram a ser citados aqui, como Bart Riddle (primo de Cort Grier) e Rogan Michaels (melhor amigo de Jake McGuire e primo de Mina), além de novos personagens, como Dirk Coleman (o novo investigador de Cody Banks) e Hunt Garrison (um investigador que trabalha para os advogados de Ida Merridan).

4) Por último, mas não menos importante, para saber mais sobre a série "Homens de Wyoming", clique aqui. E para saber como ela se conecta aos "Homens do Texas", clique aqui.

Homens de Wyoming:

Relação atualizada dos livros da série, com os livros/séries conectados a ela, juntamente com a ordem de leitura, nesse link aqui.