quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Laura Lee Guhrke - A Verdade Sobre Amores e Duques

Título Original: The Truth About Love And Dukes
Protagonistas: 
Irene Deverill e Henry Cavanaugh (Duque de Torquil)

Querida Conselheira Amorosa 01


Está sofrendo a dor de um amor não correspondido? Está confuso com o comportamento inexplicável do sexo oposto? Sente que não há ninguém a quem possa recorrer em busca de compreensão e aconselhamento? Não tema. Lady Truelove o ajudará.

Henry Cavanaugh, duque de Torquil, anseia por uma vida ordenada e previsível. Mas era impossível com a família que tinha. Apenas a mãe facilitava a sua vida... até ela se apaixonar por um artista e decidir seguir o conselho amoroso de lady Truelove, largando tudo para seguir os desejos do coração. Agora Henry vai exigir que a mulher mexeriqueira que deu aquele conselho imprudente o ajude a impedir que o nome da sua família acabe na lama.

Irene Deverill é o que a sociedade londrina considera uma ovelha negra: dirige o jornal da família, é uma solteirona e tem orgulho disso! Mas ninguém sabe que ela possui um grande problema nas mãos: o duque de Torquil demanda que ela o ajude a resolver os problemas da sua família. Esse relacionamento forçado fará Irene descobrir que Henry é mais do que um "lírio do campo" e que ele é capaz de despertar nela sentimentos que nunca pensou possuir.


Eu estava doida para ler esse livro e tive o prazer de ler coletivamente com a Silvana Barbosa (autora talentosíssima e querida amiga). A trama atraiu a minha atenção logo de cara e mal havia começado a leitura, quando fui imediatamente capturada logo na primeira interação do casal. Diferente do que costumamos ver nos romances de época, Henry não é um libertino e Irene não é uma dama da sociedade. Ao contrário, Henry é extremamente honrado e preocupado com as regras, visando o melhor para a sua família e todos que estão sob sua responsabilidade e proteção. E Irene é uma mulher à frente de seu tempo: sufragista, defensora ferrenha do direito das mulheres (em especial ao voto), independente, editora do jornal da família, não se preocupa com as regras da sociedade, nem com o que possam pensar dela. Claro que dois opostos iriam se estranhar à primeira vista. Mas vale lembrar também que os opostos se atraem! Tem como não amar uma história assim?
    — (...) Céus, Henry — continuou Irene antes que ele pudesse responder —, você é o homem mais presunçoso, teimoso e irritante que já conheci.
    Ela se ajoelhou, agarrando as lapelas do paletó e em seus punhos, esmagando a flor na botoeira e preenchendo a carruagem com o cheiro forte de cravo.
    — E quer saber o que é mais irritante em você? — indagou Irene, pontuando cada palavra com uma puxada de suas lapelas. — É que cada vez que começo a pensar em como você é um homem atraente, você abre a boca e arruína tudo!
    Henry piscou, pasmo, certo de que não ouvira direito.
    — Você me acha atra...
    — Henry?— Irene se acomodou em meio às pernas dele antes que o duque pudesse impedi-la e o puxou para perto. — Apenas cale a boca — disse ela, beijando-o.

    Capítulo 15
Esse é o tipo de livro que você não consegue largar. É um capítulo mais instigante que o outro e a gente fica querendo saber o que irá acontecer a seguir. Henry e Irene são tão diferentes, não só de origem, mas na forma como pensam e enxergam a vida, que por muitas vezes me questionei como chegariam a um meio termo e ficariam juntos. É uma jornada e tanto, cheia de altos e baixos. Eu confesso que na história da mãe dele e toda essa questão dela ficar com um cara com uma fama terrível de aproveitador, fiquei do lado de Henry. Compreendi muito bem o ponto de vista dele e sua preocupação com a mãe e com todos que seriam impactados por essa decisão dela. Apesar de eu ter gostado demais da Irene ser bem "diferentona", ter adorado o fato dela lutar pelos direitos das mulheres e defender que elas são seres pensantes que merecem tomar as próprias decisões, eu peguei um pouco de birra com ela logo no comecinho por dois motivos:

1: Aconselhar que está tudo bem ficar com alguém que ela mesma acredita estar de olho no dinheiro, só porque a outra parte está apaixonada e, se há amor, então não interessa se o cara não é lá nada respeitável. Uma amiga minha disse uma vez: posso amar, mas não sou burra. Sofro, mas não caso. Eu sou uma romântica, e se a questão fosse só o amor entre pessoas de origens diferentes, eu apoiaria. Mas tudo indicava que o amor era só de uma parte. Da outra, poderia até ter um pouco de sentimento, mas a necessidade por dinheiro era maior. Achei bem ingênuo e, sinceramente, imprudente. E isso leva ao motivo 2: a total falta de preocupação com as consequências das coisas que ela postava no jornal e seu impacto na vida das pessoas envolvidas. Repito, essas foram as minhas primeiras impressões de Irene logo no começo do livro e, naquele momento, o que eu senti foi que ela tinha zero consideração pelo que acontecia com as pessoas de cujas vidas ela falava ou mencionava. Talvez por não curtir muito esse lance de fofoca eu já tenha ficado com o pé atrás, e tudo isso somado a essa aparente despreocupação dela tenha contribuído para a minha birrinha com ela (mas não foi nada extremo, nem que atrapalhasse a minha leitura, não).


Mesmo com minhas reservas, deixo claro que não odiei Irene, nem desgostei dela de forma alguma. Longe disso. Arrisco dizer que ela é o tipo de mocinha que as leitoras irão amar, porque até eu tenho que admitir que ela é top (reservas ou não, esse fato não pode ser negado). É só uma questão de gosto e preferência pessoal que não me fizeram me apegar 100% a ela, mas há muitos aspectos em Irene que eu amo. E conforme a história foi passando e fui conhecendo melhor não só a ela, mas a Henry também, era impossível não torcer para que esse casal desse certo. Do Henry eu gostei desde o começo e isso seguiu até o fim (o homem não é perfeito, mas me afeiçoei demais a ele). Da Irene fiquei oscilando. Algumas atitudes dela eu amava e me via vibrando. Outras me faziam torcer o nariz. Achei também o Henry, apesar de toda aquela aparência fria, muito mais aberto com ela sobre o que estava sentindo, do que ela com ele (o que é compreensível, dadas as posições deles). Só nos capítulos finais é que vemos com clareza tudo o que ela sentia. Ah, ela não tinha problemas em demostrar suas convicções e como achava que as coisas deveriam ser (e eu amei demais isso). Mas em relação aos próprios sentimentos, foi algo que a autora deixou bem guardado até a reta final. Falando nessa reta final, foi uma mistura de amor e agonia, que simplesmente não pude parar de ler até chegar na última página. Mas toda essa montanha russa emocional que essa história me causou foi recompensada com um último capítulo perfeito! Sério, é um dos melhores último capítulo que já li na vida. Me arrebatou, com direito a declaração de amor de tirar o fôlego. Zero defeitos (o último capítulo, não o livro).

Esse foi um romance de época um pouco diferente dos que geralmente vemos e isso trouxe um charme todo especial à história. Personagens intensos que me surpreenderam a cada momento, em cada atitude e decisão tomada. Foi bem diferente do que imaginei que seria, em grande parte positivamente. Algumas coisas eu não curti tanto e só por isso não dei a nota máxima, mas tenho plena consciência de que o que não me agradou tanto não será problema algum para os outros leitores (como eu disse, foi questão de gosto e preferência), porque o livro é muito bom e vale a pena ser lido. Portanto, sim, eu recomendo demais!


Querida Conselheira Amorosa

1- A Verdade Sobre Amores e Duques (The Truth About Love And Dukes) - Irene Deverill e Henry Cavanaugh (Duque de Torquil)
2- O Desafio Do Amor Verdadeiro (The Trouble With True Love) - Clara Deverill e Rex Galbraith
3- Um Amor De Vigarista (Governess Gone Rogue) - Amanda Leighton e James St. Clair (Conde de Kenyon)
4- A Mentira Sobre Amores e Herdeiras (Heiress Gone Wild) - Marjorie McGann e Jonathan Deverill


Capa Original:



http://lh6.ggpht.com/_2WNpNdgUeb0/TUTUNd_cnxI/AAAAAAAAAyM/ce90pMbLYvc/separador.gif

11 comentários :

  1. Oie, pelo que você comentou já é bem diferente do que costumo ler. Adoraria conhecer a obra.

    Bjs

    Imersão Literária

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  2. Olá, Suelen.
    Eu li esse livro na época do lançamento e gostei muito. Agora estou querendo reler porque estou com os outros da série aqui e como lembro pouca coisa da história quero relembrar para já engatar os outros.

    Prefácio

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    1. Eu comprei a série toda antes de começar a ler, pra poder ler em sequência (porque eu tb acabo esquecendo se passa muito tempo, rsrs).

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  3. Oi Su, estou precisando de romances de época diferentes mesmo.
    Parece que estou lendo mais do mesmo, sabe? Então dei uma parada no gênero há alguns anos já.
    beeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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    1. Então se tiver a chance de ler esse, leia. Acho que vc vai gostar! :j

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  4. Oi Su! Eu li este livro logo que lançou, mas não curti muito a história. Ainda assim quero conferir outros da autora, inclusive os demais volumes desta série. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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    1. Eu gostei, mas não dá forma que achei que gostaria quando li a sinopse. Algumas coisas não me agradaram, principalmente em relação a mocinha. Mas tô na torcida pra que os outros livros sejam melhores nesse quesito. :j

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  5. Oi Su, tudo bem?
    Me ganhou no fato do mocinho não ser libertino! Adoro as cenas sensuais, mas cansa um pouco esse estereótipo sempre. Saber que é um mocinho diferente disso me causou muita curiosidade. E eu achei a Irene promissora, acho que gostaria muito dela!
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    Respostas
    1. Priih, então se tiver a chance de ler, leia. Acredito que você irá gostar!

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E aí, o que acharam??? Comentem!!! Adoro ler as opiniões de vocês!!!!

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