Título Traduzido: Orgulho do Texas (conhecido também como "Orgulho Texano")
Protagonistas: Michael Fiore (Mikey Fiore) e Bernadette Epperson
Série Homens do Texas 56
...mas seus segredos nunca permanecem ocultos
ATENÇÃO: RESENHA COM UMA PITADA DE SPOILER
Michael Fiore era um rico dono de cassino em Las Vegas, mas por trás de tudo aquilo havia o fato dele ter ligação com a máfia em New Jersey, e era justamente por causa dessa ligação que estava temporariamente escondido em Jacobsville, Texas. Mikey era uma importante testemunha num caso envolvendo o chefão, o que colocava a sua vida em risco. Ele não via a hora de tudo terminar para voltar logo ao seu mundo. Isto é, até quase atropelar uma frágil jovem no meio da noite.
Bernadette Epperson voltava do trabalho para casa com muita dificuldade. Seus problemas de saúde dificultavam sua locomoção, principalmente em tempos frios como aquele. Perdendo o equilíbrio, ela foi ao chão e por pouco não foi atropelada por uma limousine. Foi quando se deparou com o homem mais impressionante que já vira.
Mikey e Bernie vinham de mundos completamente opostos: ela trabalhava do lado da lei, e ele a infringia. Contudo, eles se sentiam atraídos como nunca se sentiram por ninguém antes, e ficar longe um do outro lhes parecia impossível. Mas ambos escondiam segredos que poderiam abalar esse novo sentimento. Além disso, havia o perigo real da ameaça à vida de Mikey pairando sobre ele a todo o momento, o que também colocava em risco a vida de qualquer pessoa que estivesse próxima a ele. E como se não bastasse, alguém estava disposto a fazer qualquer coisa para destruir o crescente amor entre Mikey e Bernie, alguém que não pararia por nada, enquanto não os separasse definitivamente. Em meio a tantos perigos, ameaças, segredos, mentiras, armações, e mal-entendidos, estaria esse relacionamento destinado a fracassar, antes mesmo de começar?
O mais recente livro dos Homens do Texas traz um mocinho que, por acaso, não é do Texas. Mikey apareceu pela primeira vez em Defender (HT 52) como o primo mafioso do mocinho de lá, Paul Fiore. Ali eles tinham um relacionamento meio complicado, já que Paul era um agente do FBI. Mas em Wyoming Brave (Homens de Wyoming 06) Mikey apareceu com um pouco mais de destaque e em termos muito melhores com o primo, já que ele era o tipo de bandido que a lei nunca encontrara nada de que pudesse lhe acusar. Ele até tinha um negócio legítimo e honesto, seu cassino, o que facilitava as coisas. Comentei nas resenhas desses livros que estava de olho nele, pois era um potencial futuro mocinho da Diana Palmer, e olha ele aqui, provando que eu estava certa! Não é a primeira vez que a autora escreve um livro com um mocinho do outro lado da lei. Quem não se lembra de Marcus Carrera (que, claro, tinha que aparecer aqui), o ex mafioso mocinho de Doce Desejo (HT 30)?! Mas diferente de Carrera, que já estava totalmente fora do crime, Mikey não somente ainda pertencia à máfia, como amava aquele mundo e não tinha o menor desejo de sair dele, mesmo mantendo ali um lado legal nos negócios oficiais. Sei que hoje em dia romances com mafiosos não são surpresa para ninguém (já virou até uma febre que, particularmente, não sou muito fã), mas não é o perfil padrão de mocinho da Diana Palmer, que sempre opta por um bom moço por excelência. Ogro, sim. Criminoso, dificilmente. Mas por se tratar da titia Palmeirão, Mikey acabou me saindo aquele bandido que não é tão bandido de verdade. Ela o criou mais no perfil de só fazer mal a quem é mau, e isso já ficando no passado. O cara está mais para legalizado, do que criminoso. Até os policiais gostam dele, rsrs...
— Eu não me importo com fofocas. Você se importa?
(...)
— Não, — Bernie disse depois de um minuto. — Eu também não me importo.
— Ainda bem. Não tenho planos de parar de ficar de mãos dadas com você, — Mikey disse. — É uma sensação boa.
— É uma sensação muito boa, — disse ela.
Capítulo 03
A história acontece sem grandes conflitos e sem muito drama em praticamente todo o livro. Gostei muito de como Mikey e Bernie se gostaram desde o começo e não tiveram problemas nenhum em demostrar isso. Aceitaram esse sentimento e mergulharam de cabeça nele, sem fazer um dramalhão desnecessário ou bancar o difícil. Ele pode ter uma origem duvidosa, mas tem um coração de ouro. E ela é um amorzinho de pessoa. Sofreu muito nessa vida (e continua sofrendo), mas não se tornou uma pessoa amarga. Os dois formam aquele casal que a gente torce para dar certo. E tudo vai tão bem e dá mesmo tão certo desde o começo, que eu fiquei até com receio pelo momento em que, inevitavelmente, algo iria atrapalhar essa calmaria toda, principalmente porque tinha dois fatores que sempre dão ruim nessas tramas: 1. alguém querendo matar o mocinho; e 2. uma periguete querendo o mocinho só para ela. Contudo, eu já estava no capítulo 11 (de um total de 14) e tudo estava tão bem, o mocinho tão fofo e declaradamente apaixonado (nada de ogro por aqui), que já estava começando até a respirar aliviada. Mas já no final desse capítulo 11 a coisa, enfim, começou a se abalar.
— Achei que você poderia não querer mais nada comigo quando descobrisse o que aconteceu.
— Tolinha, — Mikey murmurou, e riu suavemente. — Fui fisgado. Você não percebeu? Com quem eu saio o tempo todo? Quem eu levo ao cinema e a salas onde fazemos safadezas juntos?
Bernie riu em meio às lágrimas.
— Eu, eu acho.
Capítulo 10
O livro vinha num ritmo bem lento, nada realmente estava acontecendo nessa história, além de um romance muito fofo entre Bernie e Mikey, mas do capítulo 12 em diante tudo se desenrolou (ou deveria dizer enrolou?!) de uma vez. Foram tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que acabou ficando corrido demais e terminei com a sensação de que faltou alguma coisa. Talvez se as coisas tivessem começado a ficar mais movimentadas mais cedo, teria mais tempo de desenvolvê-las. Mas elas vinham e de duas, uma: ou eram resolvidas rapidamente, ou desandavam de vez mesmo. Mikey acaba pisando na bola numa burrice clássica dos mocinhos DianaPalmerianos, e eu queria que ele sofresse um pouco mais as consequências dessa sua má escolha, mas não dá muito tempo para isso disso não, primeiro porque ele se resigna muito fácil com a derrota e nem tenta se redimir, e depois quando finalmente pensa em se redimir, tudo acontece rápido e fácil demais. O livro foi muito bom, mas alguns pontos poderiam ter sido melhores.
Não vou entrar em detalhes sobre as coisas que não fizeram muito sentido, como por exemplo Mikey falar claramente para Bernie sobre a máfia e ele estar envolvido com ela para, capítulos depois, a história continuar como se Bernie não fizesse ideia do que ele fazia para viver. Ou numa hora eles estarem comentando sobre os eventos de Wyoming Brave (Homens de Wyoming 06), e no momento seguinte Bernie fazer perguntas sobre isso como se nunca antes tivesse ouvido falar, o que fez com que a mesma informação ficasse sendo repetida várias vezes durante a história. Esse tipo de erro de continuidade tem ficado cada vez mais frequente nos livros da autora, mas eu até relevo, porque ela já falou sobre seus problemas de saúde agravados pela idade, sobre como sua mente não funciona mais como antes e como a entristece o fato de que, por mais que se esforce, erros assim continuem passando despercebidos (alô, editora, vocês tem uma equipe para auxiliá-la nisso, nessas revisões, não tem, não?!). O fato é que sigo apaixonada pelos livros da Diana Palmer e não me importo com essas coisas. O importante é que ela continua nos brindando com suas histórias. Mas uma ponta solta aqui me deixou curiosa: quem é o novo cozinheiro do Café da Barbara, que ficou rodeado de mistério? Havia uma suspeita de que ele poderia ser uma ameaça, mas depois ficou claro que o homem era alguém surpreendente. Só que a história terminou e não foi revelado mais nada sobre ele. Seria trama para um próximo livro, talvez? Estou de olho. E mais um último comentário: a história está repleta de pessoas que trabalham para a lei (protagonistas de outros livros da autora), mas eita povo cego para não ver o que estava literalmente na frente deles, hein?! Cadê o desconfiômetro, o faro, o instinto ou simplesmente a capacidade de somar 1 +1 e achar 2? Demoraram, viu?! Surreal!
Texas Proud foi uma leitura tranquila e prazerosa, sem grandes complicações. Um final mais elaborado e, quem sabe, um epílogo, teriam deixado a trama ainda melhor. A verdade é que desde Protetor (HT 48) eu espero por um livro da Diana Palmer que volte a me arrebatar daquela forma. Isso não aconteceu desde então, e também não foi dessa vez, mas é sempre um prazer ler uma história da autora, ainda mais uma que tem um mocinho tão fofo e tão não-ogro quanto o Mikey, então é claro que eu recomendo demais. Se joga!
CURIOSIDADES
1) No livro teve a participação/citação de personagens que há tempos estou de olho, doida pra saber se a Diana Palmer escreverá livros sobre eles um dia, como Duke Wright (um rico rancheiro de Jacobsville, com um divórcio conturbado, velho conhecido das leitoras); Sr. Smith (guarda-costas de Marcus Carrera); Rogers, Barton, Chet Billings e Kell Drake (mercenários que trabalham para Eb Scott); e McLeod (agente federal US Marshal em San Antonio, do tipo macho alfa mascador de abelhas), sem falar da aparição de novos personagens que me deixaram curiosa também, como Santelli, mais conhecido como Santi (motorista e guarda costas de Mikey Fiore); Judy (florista de Jacobsville); Olivia (trabalha para Blake Kemp junto com a Bernie); e Jarrod Murdock (Agente Senior do FBI em San Antonio, que parece ter uma relação de amor e ódio com Olivia. Adivinha se já não estou shippando???).
2) E por último, mas não menos importante, para saber mais sobre a série "Homens do Texas" e os livros/séries conectados à ela, bem como a ordem de leitura de todos eles, clique aqui.
Bom Dia! Adoro os romances da titia Palmeirão, pena que a Harlequin deixou de publicá-los. Onde posso adquiri-los?
ResponderExcluirEm português, só num bom sebo ou lugares e sites que vendam livros usados. A Harlequin disponibilizou alguns livros da Diana Palmer para venda em e-book tb. Esses lançamentos mais recentes da autora, só em inglês mesmo. Eu compro os meus e-books na Amazon, mas tb vende em outros sites, como Kobo, por exemplo.
ExcluirObrigada, mas os e-books da Amazon são dos antigos livros de banca, não são atuais.
ResponderExcluirExato. Por isso é que eu disse que esses lançamentos mais recentes da autora, só em inglês mesmo. :d
ExcluirOi Su,
ResponderExcluirQue saudade de ler uma Diana Palmer!
Ela sabe trabalhar amorzinho e drama (sem grandes pesos) como poucas autoras que já li!
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Né?! ❤️
ExcluirAi socorro eu li que um dos irmãos hart aparece e já tô aqui escondendo meus biscoitos hahaha Saudades dos irmãos Hart, faz muito tempo que não leio nada da Diana, até me bateu uma nostalgia aqui.
ResponderExcluirEu mesma lendo um livro muito desconfiada de que tem algo que vai dar muito errado já que tá dando tudo muito certo. q
E amo sou quando o mocinho é fofo e nada ogro. Porém devo dizer que também não sou muito fã de romance com mafioso não.
Adorei a resenha!
beijos
Eu tb não curto romances com mafiosos, não. O mocinho aqui acabou me saindo um mafioso só na teoria, porque na prática, nem vemos isso, rsrs...
ExcluirOi Su, tudo bem?
ResponderExcluirNão sei se é porque tô chegando perto dos 30, mas tenho cada vez menos paciência pra casais que se enrolam. Por isso, adorei que os dois saibam o que sentem e demonstrem isso! Eu ia comentar sobre a questão de erros de continuidade, mas fiquei solidária à declaração da autora, tadinha! :(
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Né?! Eu acho que a editora podia dar esse suporte pra ela. De qq forma, no final das contas, só dela continuar escrevendo apesar de todos os seus problemas já me deixa muito feliz como leitura e fã! :s
ExcluirOi Su! Fazia tempo que não lia uma resenha de livros da autora. Que pena você não ter encontrado mais nenhum livro dela arrebatador, tomara que em breve venha um que balance totalmente seu coração. Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
Pois é, ainda espero por esse dia ansiosamente! :j
ExcluirOi Su, tudo bem?
ResponderExcluirAcho que é meio "normal" depois que a gente lê com frequência os livros de um mesmo autor que as histórias acabem não nos encantando tanto. Sinto isso com os livros da Nora, por exemplo. Espero que a sua próxima experiência com a autora deixei o seu coração mais quentinho.
Beijos;***
Ariane Gisele Reis | Blog My Dear Library.
Menina, eu tô na mesma em relação a Nora. Tem tempo que nem consigo ler nada dela.
Excluiroi, amo suas resenhas sobre a palmer. Sou dv e os livros dela me fazem alimentar o cérebro. rsrs, parabéns! e obrigada.
ResponderExcluirAhhh, obrigada pelo carinho! ❤️
ExcluirOi Suelen, tudo bem?
ResponderExcluirAmo demais os livros da Diana Palmer, mas acho que sou sadomasoquista, porque gosto demais dos mocinhos durões, mas com relação ao Mikey Fiore, amei, pois ele é retratado como um "criminoso" bonzinho (não sei se isso existe. kkkk), mas de fato ele é fofo demais, e o bom é que a mocinha não é chata, enjoativa, que fica todo o tempo se rebaixando, os dois se combinam, um par perfeito. No geral gostei do livro, mas não é meu preferido não.
Bjos.
Concordo com tudo, hehehe! Tb me senti assim! ♥
Excluir