Título Traduzido: Cowboy Sob o Visco
Protagonistas: Albert Parker e Katy Blake
História publicada originalmente na antologia "Christmas Kisses With My Cowboy"
Protagonistas: Albert Parker e Katy Blake
História publicada originalmente na antologia "Christmas Kisses With My Cowboy"
Colorado Country 03
Nesta emocionante história de romance natalino, um cowboy está pronto para o amor — quer ele saiba disso ou não...
O encantador de cavalos Parker não bebe, fuma ou joga, e também não tem muito contato com mulheres. Mas isso pode mudar quando um Palomino fugitivo o levar até a nova professora de sua pequena cidade no Colorado. A viúva Katy e sua doce filha são novas em Benton. Mas embora a menina ainda nem saiba montar, Katy não é nenhuma novata quando se trata de cavalos ou rancho. Parece que ela e Parker têm algumas coisas em comum — incluindo corações que precisam de cura. Com o Natal se aproximando, será que beijos sob o visco poderiam trazer ao belo cowboy o presente de ter sua própria família?
ATENÇÃO: RESENHA COM SPOILER
Dois meses após a morte de seu esposo, a professora Katy Blake se mudou com sua filha Teddie para Benton, Colorado a fim de gerenciar o rancho que ele herdara da mãe. Quatro meses mais tarde, os negócios pareciam finalmente melhorar. Mas ela ainda tinha outros obstáculos para superar, principalmente com sua filha, que era muito ligada ao pai e não queria ter se mudado. A esperança surgiu após o domador de cavalos Parker socorrer a menina quando o cavalo dela fugiu, e um forte laço se formou entre os dois, arrastando Katy para dentro daquele círculo também. Mas seu marido havia falecido há apenas seis meses e, mesmo eles não terem sido tão próximos nos últimos tempos, ainda assim ela se sentia culpada pelos sentimentos confusos que cresciam em seu coração em relação ao belo cowboy. Parker era um solitário e não se aproximava muito das pessoas, mas havia algo em Katy e Teddie que o atraía de uma forma que há muito tempo não experimentava. Ele não iria lutar contra isso e estava disposto a deixar as coisas acontecerem naturalmente. Contudo, uma má decisão de Katy ameaçava destruir tudo de bom que começara a construir, não somente com Parker, mas com sua filha também. Seria tarde demais para conseguir o perdão das duas pessoas mais importantes da sua vida?
— Eu adoraria arrastá-la para trás do prédio mais próximo e beijá-la até que você não conseguisse ficar de pé sozinha.
Os lábios de Katy se abriram em uma respiração chocada. Ela se virou para Teddie, sem olhar para Parker.
— Eu adoraria... se você fizesse isso, — ela deixou escapar.
— Oh, Deus, — ele gemeu.
Capítulo 05
Quando a Diana Palmer lançou os livros The Snow Man e The Rancher’s Wedding, eu comentei nas duas resenhas que seria uma boa ideia unir esses livro numa mesma série, pois todas as duas se passavam no Colorado e tinham personagens secundários bem interessantes, com potencial para serem futuros protagonistas. E não é que isso aconteceu?! Para a minha alegria, logo no começo desse livro informava que os três livros (os dois mencionados acima + esse aqui) agora fazem parte da série em andamento "Colorado Country". Então, olá nova série da titia Palmeirão, seja bem-vinda! Essa série segue o padrão das outras da autora: cidade pequena, cowboys... essas coisas. Mas nesse livro aqui, curiosamente, acontece o inverso do que geralmente acontece nos livros da autora: Katy se parece mais com os mocinhOs da Diana Palmer (viúva, com uma filha de 10 anos, com problemas de relacionamento com a filha, não consegue demonstrar afeto, tem dificuldades para expressar o que sente e é ela quem pisa feio na bola e coloca tudo a perder) e Parker tem mais as características das mocinhAs típicas da autora (reservado, tem jeito com crianças, super carinhoso, não tem problemas em mostrar afeto, demonstra o que sente e é ele quem perdoa fácil demais, alma boa que é). Ao mesmo tempo em que o enredo e o background dos personagens são mais do mesmo (mocinho metade índio, metade branco, causando conflito cultural, ex-militar e com problemas com o pai; mocinha órfã, família problemática, precisa da ajuda do mocinho, essas coisas), o comportamento deles inverteram do que já estamos acostumados a ver nos livros da titia Palmeirão. Só da mocinha não ser aquele poço de inocência que não conhecia o próprio corpo (afinal, era viúva com uma filha) já foi uma mudança legal, para variar.
Quem leu The Rancher’s Wedding, sabe que Parker trabalha para J.L. Denton, o mocinho de lá, e deve se lembrar que o domador de cavalos era descrito como alguém com uma boca tão suja, quem nem uma barra de sabão inteira seria capaz de limpar. Por isso que nenhuma mulher queria saber dele. Aqui vemos um outro lado desse homem, e até mesmo uma justificativa (esfarrapada) para o seu comportamento anterior. Mas nesse livro, para a surpresa de todos os que o conhecem, Parker é um perfeito cavalheiro. É lindo demais vê-lo com a Teddie, filha da mocinha. A menina sentia a maior falta do pai, que era o carinhoso da família, e sentia falta de afeto, já que a mãe quase não tocava nela, nem gostava de ser tocada. Claro que Katy deixa claro que ama a filha (afinal ela é a mocinha, né gente?!), mas a mulher tem dificuldade em dar e receber carinho, devido a sua criação (outra desculpa que achei meio esfarrapada, mas deixa quieto). E Parker vem justamente preencher essa lacuna na vida da criança. Tadinha, Teddie perdeu a única pessoa que realmente demonstrava afeto, e antes disso também perdera a avó, deixou para trás o único lar que conhecia, não teria mais a companhia da melhor amiga e estava num lugar estranho onde não tinha nenhum amigo. Claro que ela desejava um consolo, um carinho e um abraço da mãe. Parker é quem faz tudo isso por ela, e ele acaba ficando mais unido à criança do que a mãe. Particularmente, achei as cenas entre Teddie e Parker melhores do que as cenas entre Katy e ele. Mas não se preocupem, o casal protagonista também tem seus momentos, como esse aqui:
— Um passo de cada vez, — Parker disse com a voz rouca, mantendo-a apenas um pouquinho afastada dele. — Poderíamos perder a cabeça muito rapidamente.
Katy assentiu. Ela estava encarando a boca dele. (O beijo) Não havia sido o bastante. Nem de longe o bastante.
Ele leu aquele desejo nela.
— Ir rápido demais é perigoso, — Parker disse com firmeza.
Ela assentiu novamente. Katy ainda estava encarando a boca dele.
— Ah, que se dane...!
Ele a puxou para perto, curvou-se e se banqueteou em seus lábios macios, pressionando-os até afastar os dentes dela para que sua língua pudesse entrar rapidamente em sua boca e tornar o beijo ainda mais íntimo, mais sedutor.
Capítulo 05
O livro teria sido excelente, se não fosse pela burrada que a mocinha faz já perto do final da história. Sei que errar é humano, mas o que Katy faz, pra mim, não tem perdão. Sério, eu li esse livro ano passado e não consegui perdoar totalmente até agora. Não vou nem comentar sobre o fato dela ter deixado o Parker ser humilhado, na casa dela, só por ser índio, por um cara que só estava de olho na herança dela e que não escondia que preferia que a filha dela não existisse, porque não queria criar os filhos de outro homem (e, diga-se de passagem, a mocinha sabia dos dois fatos e jurava que ele era uma peste e não queria saber dele, mas mesmo assim dava espaço pro cidadão). Não foi nem isso que me chateou, muito menos o flagrante que o Parker deu nos dois um pouco antes dele ser humilhado, porque aí nem foi culpa da Katy (mas ela deveria ter tomado uma atitude já depois daquilo lá). O que foi imperdoável ao meu ver foi a traição que ela cometeu com a própria filha, depois de ter feito uma promessa a criança. A mulher estava disposta a matar (literalmente, gente, L-I-T-E-R-A-L-M-E-N-T-E) o que era mais precioso para a Teddie. Aliás, aquela peste de lixo humano que humilhou o mocinho e agarrou a mocinha estava na casa dela supostamente para ajudar a criança, mas ele fez o contrário e Katy não só não impediu, como ficou do lado do macho escroto. Se não é o Parker para defender a criança, nem sei. Não tem justificativas para o que a Katy fez (tanto que em momento algum ela tenta se justificar) e não foi à toa que ela foi desprezada não só pela filha e pelo Parker, mas até pelo vizinho (mocinho do livro anterior) por conta de sua atitude imbecil. Uma mãe tem que colocar o bem-estar de seus filhos em primeiro lugar, e não ficar do lado de um cara que ela sabia ser interesseiro e que, na verdade, não passava de um estranho. Não consegui perdoar. Me julguem. O Parker é muito melhor do que eu. O cara não era apenas o melhor domador de cavalos da região, era também um gênio da matemática muito requisitado pelo governo e tinha mais dinheiro do que seria capaz de gastar em duas vidas. Trabalhava porque amava o que fazia, não por necessidade de grana, e era humilde a ponto de não esfregar suas credenciais na cara do salafrário que a mocinha levou pra dentro da casa dela. Parker tinha mais classe do que isso, ele sabia quem era e o que era, não precisava ficar se justificando para pessoas que não valiam a pena. Esse mocinho é mara e merecia mais consideração da mulher a quem ele só fez ajudar. Nem fiquei com pena quando Katy começou a sofrer as consequências de suas atitudes. Achei até pouco. Tudo bem que ela procurou reparar seus erros depois, mas não consegui aceitar essa covardia dela. Eu geralmente me sinto assim com alguns mocinhos da Diana Palmer, mas aqui quem teve seu momento de ogra foi a mocinha, e foi ela que me fez passar raiva. Isso me incomodou demais e impediu que eu desfrutasse totalmente de uma história que, até então, estava sendo mara.
Apesar de todo o meu desaforo despejado no parágrafo anterior, no geral foi uma boa história. O livro estava sendo extremamente excelente, até aquele malfadado momento no penúltimo capítulo (fala sério, isso é hora de fazer m???). Foi tão fora da personalidade da mocinha mostrada até então, que sinceramente, foi uma decepção para mim. Jamais esperaria isso dela. Depois disso veio a raiva que passei, e a partir daí já não conseguia mais ver Parker e Katy como um casal. Eu já estava com o pé atrás, porque ela era viúva há apenas seis meses e achei pouco tempo para encontrar um novo amor verdadeiro, ainda mais com alguém que era um completo estranho até pouco tempo (essa é uma das coisas que não curto em romances e uma das razões para evitar histórias com mocinhas viúvas). Ela mesmo dizia o tempo todo que era cedo demais. Não tinha muito clima para romance, verdade seja dita. A história acontece ao longo de mais ou menos dois meses, foi tudo muito rápido, tanto é que o livro termina sem nenhum dos dois dizer o tão aguardado "eu te amo" dos romances. Sinceramente até preferi assim, porque se rolasse um eu te amo, eu não acreditaria. Do lado do Parker, talvez, mas da Katy, com certeza não. A sensação que fiquei foi a de que eles se gostavam, se sentiam atraídos e resolveram dar uma chance para o relacionamento. Fica subentendido que os dois acabarão se apaixonando de verdade no futuro, mas um epílogo mostrando isso seria muito apreciado. O amor mais sincero ali foi mesmo o de Teddie e Parker, que não somente a via, mas realmente a amava e a protegia como uma filha. Quando a mocinha cai em si e percebe a burrada que fez, ela mesma admite que para alguém de fora presenciando a cena na casa dela entre ela, o embuste, Parker e Teddie, diria que Parker era o pai preocupado e ela a estranha tentando arruinar a vida da criança. Ela confessou que Parker lutou pela filha dela, e que isso foi mais do que ela havia feito. Para ser justa, fica muito claro que Katy se arrependeu de verdade e fez tudo o que podia para reconquistar o amor e a confiança da filha, além de finalmente ficar do lado da menina em relação àquela história que fez tudo desandar. Meu lado racional entende isso, mas meu coração não consegue perdoar a covardia dela no momento em que a menina mais precisava de um apoio. Caramba, a cidade toda estava do lado da menina, só a mãe é que ficou do lado do salafrário, mesmo tendo consciência da gravidade da situação. Achei muito bom quando J.L. Denton, mocinho do livro anterior, disse para ela: "se você fosse minha esposa, me divorciaria de você pela miséria que causou a sua filha hoje". O pessoal foi duro com ela, mas eram verdades que a mocinha precisava ouvir e que serviram para mudar o comportamento que ela tinha em relação à filha. Como Katy mesmo disse, pelo menos uma coisa boa veio de toda essa miséria.
Mistletoe Cowboy foi uma leitura bem rápida, com apenas oito capítulos. Apesar daquele único momento de fraqueza da Katy que acabou causando um impacto negativo em mim, ainda assim é uma história que eu recomendo para quem é fã da autora. 'Bora ficar do lado do mocinho e passar raiva com a mocinha, pra variar, hehe! Sem falar que a história tem personagens secundários bem interessantes, com potencial para futuros protagonistas. Anotei o nome de vários deles no meu arquivo, torcendo para que um dia ganhem seus próprios livros também. E antes de encerrar, esse livro veio com mais duas outras histórias. Uma faz parte de série (e não é o primeiro livro) e a outra não me atraiu, então optei por ler só essa da Diana Palmer mesmo.
Colorado Country:
1. O Homem da Neve (The Snow Man) [em Christmas with My Cowboy] - Meadow Dawson e Dal Blake
2. O Casamento do Rancheiro (The Rancher’s Wedding) [em Marrying My Cowboy] - J.L. Denton e Cassie Reed
3. Cowboy Sob O Visco (Mistletoe Cowboy) [em Christmas Kisses with My Cowboy] - Albert Parker e Katy Blake
4. Cowboy Do Colorado (Colorado Cowboy) [em Lone Wolf] - Esther Marist e Butch Matthews
5. Once There Was a Lawman - [em Christmas Eve Cowboy] - Annalisa Davis e Thomas Kincaid Jones
6. The Hawk's Shadow [em He's My Cowboy] - Nemara Landreth e Gil Barnes
Capa Antologia Original:
Olá, Suelen.
ResponderExcluirEu já li tanto romance de banca que devo ter lido algum da autora, mas no momento não me lembro hehe. Mas esse não vou ler porque já garrei um ódio da protagonista só de ler sua resenha hehe.
Prefácio
Pois é, ela deu uma esculhambada na reta final, infelizmente. :f
ExcluirA Harlequin não tem publicado os novos livros de Diana Palmer em português, morro de saudades dos livros de banca e aceito os e-books, são mais práticos e não fazem volume nas bolsas. Por que será que não atualizam os novos lançamentos? Gosto dos cowboys dela e das mocinhas com personalidade.
ResponderExcluirPois é, parece até que perderam o interesse de lançar os livros da autora por aqui. E não é por falta de pedidos.
ExcluirOi
ResponderExcluirEu gostei da sua resenha, já tinha visto essa capa de livro em algum lugar mas, não me lembro onde, a história parece mexer com nossos sentimentos e livro bom é assim.
Beijos.
www.parafraseandocomvanessa.com.br
É, mexe mesmo, hehe. :j
ExcluirOi, Suelen. Como vai? Menina parabéns pela resenha com spoilers, ficou excelente. Que pena que autora deu esculhambada no final, não é mesmo! Ainda assim, parece uma boa obra para se ler. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Ah, obrigada! Pois é, se não fosse a tal cena, o livro teria sido excelente. Mas mesmo assim foi uma boa leitura!
ExcluirOi Su,
ResponderExcluirMinha mãe perguntou HOJE: não tem nenhum livro da Diana Palmer para eu ler não? kkkkkk Sabia que poderia vir aqui e teria dicas boas para ela! Uma pena que está em inglês, mas vou procurar se tem outras obras dela para mamis ler.
beeeeijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Ah, aproveita que a Harlequin está com promoção de e-books da Diana Palmer na Amazon. Acho que vai até o dia 21/02:
Excluirhttps://www.amazon.com.br/hz/wishlist/genericItemsPage/22WC2VWLL3RKE?ref_=wl_share
Oi Su, tudo bem?
ResponderExcluirFaz muito tempo que não leio romances de banca, e até hoje não li nada da Diana Palmer. Sei que ela é uma das autoras queridinhas para quem gosta de romances com cowboys e é reconhecida por isso, mas ainda não tive oportunidade de conhecer a escrita da autora.
Beijos;***
Ariane Gisele Reis | Blog My Dear Library.
Diana Palmer é do tipo ame ou odeie. E os livros dela tbm são, rsrs....
ExcluirOi Su
ResponderExcluirAdoro os livros da Diana Palmer, amo romances de banca!
Sua resenha está maravilhosa como sempre!
Ahh, obrigada! ♥
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