Annete Broadrick - Nosso Amor Eterno

Título Original: Mystery Lover
Protagonistas: Chad e Jennifer Chisholm
Bianca Dupla 447

Nada podia separá-los, nem mesmo o tempo ou a distância…

Durante anos Jennifer e Chad comunicaram-se por telepatia. Podiam conversar sem nunca terem se visto, e esse estranho poder que os unia tornou-os mais íntimos do que se tivessem crescido juntos. Dividiam alegrias e tristezas, partilhavam sonhos, brigavam e se reconciliavam… sempre em pensamento. Mas então chegou o momento em que a vida os colocou face a face. Chad ganhou um rosto, e Jennifer não conteve a surpresa ao descobrir quem era aquele homem a quem amava com todas as forças de seu coração…


Após perder o pai num acidente de carro quando ainda era uma criança, Jennifer começou a ouvir uma voz. A princípio, pensou ser um anjo da guarda. Mas conforme o tempo passava, descobriu que na verdade conseguia se comunicar por telepatia com alguém chamado Chad. E ao longo de vinte anos ele passou a ser seu melhor amigo, ajudando-a nos momentos difíceis. Mas nunca haviam se visto face a face. Até o dia em que Chad se viu em perigo, e Jennifer era a única que poderia ajudá-lo. Agora finalmente havia chegado o momento de ver o rosto do homem a quem passara a amar. E ela estava prestes a ter a maior surpresa de sua vida ao descobrir quem Chad realmente era.

Ultimamente, tenho evitado ler livros da falecida editora Nova Cultura. Não porque não goste de seus livros. Ao contrário, a Nova Cultural lançou livros ótimos, de autoras excelentes. Mas ela é famosa por cortar, resumir e/ou modificar os livros que lançavam e as alterações nos últimos livros da editora que li foram tão absurdas e revoltantes que, pra não passar raiva, resolvi não ler mais seus livros. Mas de vez em quando nos deparamos com um livro tão bem recomendado e com uma trama tão atraente que fica difícil não se render ao desejo de embarcar na leitura. E foi exatamente o que aconteceu comigo quando ouvi falar de Nosso Amor Eterno.

Esse livro tem uma temática bem diferente do que costumo ler. Achei bem interessante, a princípio. Logo no começo da história dá pra notar que Chad e Jennifer são apaixonados um pelo outro. Mas ele não quer encontrá-la pessoalmente. Primeiro, porque é mais velho do que ela (não muito, uns 13 anos mais velho). E segundo, porque teme a reação dela ao saber quem ele realmente é. Mas com todos os problemas dele, o encontro é inevitável. E quando isso finalmente acontece, tinha tudo para a história ficar maravilhosa. Infelizmente, não foi o que aconteceu. Jennifer tem certeza que os dois podem dar certo como casal, que o fato de Chad ser quem é (depois dela ter se recuperado do choque da descoberta, claro) não alterará em nada o relacionamento deles, pois ambos se conhecem profundamente. Mas é justamente a insistência de Chad em mantê-la distante que deixou a história arrastada e até um pouco entediante. Era óbvio que ele a amava, mas preferia deixar as coisas como estavam — só na amizade mesmo — do que arriscar um romance e perdê-la de vez. Só que essa atitude dele é que estava fazendo com que a perdesse, e Chad parecia não se dar conta disso. Juro pra vocês que o livro estava chegando ao fim e eu achava que os dois nunca iriam se acertar. E quando isso acontece, a coisa é tão rápida que quase nem dá pra curtir o momento. Até o epílogo (já disse que adoro livros com epílogos, né?!) foi tão meia boca que não deu pra notar se teve alguma passagem de tempo ou se a cena foi apenas a continuação do capítulo anterior.

E aí, por ser um livro da Nova Cultural, ficou uma dúvida: a história tem um final corrido assim mesmo ou será que foi mutilada? Bem, lá fui eu comparar com o original e deu pra notar que a história realmente tem uns cortes aqui e ali, frases retiradas, diálogos e cenas resumidas. Mas não foi taaanto assim não. Pelo menos nada que danificasse a história. Cheguei a conclusão de que o final foi corrido mesmo.

Não é que o livro seja ruim. Chad chama Jennifer de Raio de Sol, que é extremamente fofinho. E em suas conversas telepáticas, ele é muito carinhoso com ela. Tem até um flashback bem engraçado sobre uma vez em que ela tentou se comunicar com Chad e ele está numa situação, digamos, íntima, com outra mulher. Mas o fato é que a história tinha potencial para ser muito melhor do que foi. Ela é tão pequenininha que você lê em pouquíssimo tempo. Então se não tiver nada pra ler e dispuser de algumas horinhas, se estiver preso num congestionamento ou esperando numa fila de banco ou consultório médico, recomendo a leitura. A história não é nada espetacular, mas com certeza será um bom passatempo.

Capa Original: